Um homem invadiu e depredou as instalações do Hospital Guararapes, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, na última quarta-feira (2), inconformado com a morte da filha, que nasceu sem vida após a indução do parto. A ação foi registrada em vídeo pelo próprio autor e divulgada em suas redes sociais como forma de protesto. Segundo ele, a motivação seria a suposta negligência médica por parte da equipe hospitalar.
As imagens mostram o homem, identificado como Victor Petrick, utilizando um capacete ao se aproximar da unidade de saúde, localizada no bairro de Prazeres. Ele força a entrada no hospital, quebra portas e itens de vidro da recepção, e posteriormente destrói mesas, computadores, impressoras e outros equipamentos essenciais ao funcionamento do setor.
De acordo com a direção do Hospital Guararapes, funcionários que estavam no local no momento do ocorrido sofreram ferimentos causados por estilhaços e receberam atendimento médico imediato.
Em entrevista ao portal g1, Cristina da Silva, sogra de Victor Petrick, afirmou que a família acredita se tratar de um caso de negligência médica. Segundo ela, a filha Isabelle Raissa Silva e a neta, que se chamaria Lara, estavam em boas condições de saúde antes de darem entrada na unidade hospitalar.
“Eu acredito que foi negligência médica. Minha filha estava normal. Antes de se internar, a médica examinou e estava tudo bem. Minha Lara estava mexendo, estava tudo sob controle”, declarou Cristina.
A Polícia Militar foi acionada pelo setor administrativo do hospital. Entretanto, conforme a corporação, o homem já havia deixado o local antes da chegada da equipe policial.
Procurado pela imprensa, o Hospital Guararapes informou, por meio de nota, que “se solidariza com a família pela sua perda”, mas reiterou que “não compactua com atos de violência e agressão”. A instituição declarou ainda que a depredação será apurada pelos órgãos competentes.
A Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes também se manifestou, afirmando estar “à disposição da família para prestar todo o apoio necessário, conforme os protocolos vigentes e com base na escuta qualificada e humanizada”.
Redação Cipó News