O deputado federal Zezinho Barbary (AC) votou contra a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigaria o desvio de bilhões de reais do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A decisão pegou muitos de surpresa e acendeu um alerta: por que um representante do povo se recusaria a investigar um escândalo de tamanha gravidade?
A CPI buscava apurar fraudes milionárias que afetam diretamente aposentados, pensionistas e trabalhadores que dependem da Previdência para sobreviver. Com sua decisão, Barbary se junta ao grupo de parlamentares que barraram a investigação, levantando suspeitas e alimentando especulações.
O que está por trás desse voto? Nos bastidores de Brasília, a movimentação foi intensa. Deputados contrários à CPI alegaram motivos técnicos, mas evitam detalhar suas razões. Entre analistas políticos, cresce a desconfiança de que interesses ocultos estejam sendo protegidos — seja por alianças políticas, por medo de delações ou por vínculos com grupos que lucraram com os esquemas.
“Não faz sentido barrar uma investigação que tem como objetivo proteger o dinheiro do povo. A única explicação plausível é que há algo a esconder”, opinou a cientista política Fernanda Costa.
O silêncio do deputado Zezinho Barbary após o episódio só aumenta o mistério. Até o fechamento desta edição, ele não havia se pronunciado sobre os motivos do voto.
Enquanto isso, a população segue exigindo respostas. Com o rombo no INSS ainda sem explicações, o sentimento é de indignação e abandono por parte de quem foi eleito para defender o interesse público.