A severa seca que atinge os rios da região do Juruá tem provocado impactos profundos nas comunidades indígenas de Marechal Thaumaturgo, no Acre. No Rio Bagé, afluente do Tejo, que deságua no Rio Juruá, o volume de água já atinge níveis críticos, dificultando o transporte, o abastecimento e o acesso a serviços essenciais, como saúde e alimentação.
O cacique geral das aldeias do Alto Bagé, Zé Francisco Arara, relata que o cenário atual é alarmante. “Uma viagem de barco até Marechal Thaumaturgo que durava até seis horas agora fazemos em dois dias”, afirma. As cinco aldeias localizadas às margens do Rio Bagé abrigam mais de 300 indígenas que dependem diretamente da navegabilidade do rio para sua sobrevivência.
Francisco Piyãko, liderança do povo Ashaninka e coordenador da Organização dos Povos Indígenas do Rio Juruá (OPIRJ), reforça que a situação escancara a emergência climática enfrentada pela Amazônia. “Estão em andamento algumas adaptações nos territórios para enfrentar essa situação. Projetos financiados pelo Fundo Amazônia para a construção de tanques de piscicultura são uma das estratégias que estamos implementando para garantir segurança alimentar durante as estiagens prolongadas”, explica.
O coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) do Alto Rio Juruá, Isaac Piyãko, também expressa preocupação com o agravamento das secas e seus reflexos na saúde indígena. “Com as secas passadas adquirimos algumas experiências em lidar com eventos extremos, e nossa maior preocupação é como levar atendimento de saúde às aldeias mais distantes”, destaca.
A escassez de água afeta não apenas o deslocamento, mas a fauna, a flora e a subsistência de comunidades inteiras. Animais percorrem longas distâncias em busca de água, árvores agonizam sob o calor excessivo e populações tradicionais enfrentam a incerteza sobre o futuro.
Mais do que um problema regional, os efeitos da seca na Amazônia revelam um desequilíbrio global. Lideranças indígenas fazem um apelo por ações concretas, políticas públicas efetivas e maior atenção à crise climática que ameaça a vida na floresta.
O coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) do Alto Rio Juruá, Isaac Piyãko, também expressa preocupação com o agravamento das secas e seus reflexos na saúde indígena. “Com as secas passadas adquirimos algumas experiências em lidar com eventos extremos, e nossa maior preocupação é como levar atendimento de saúde às aldeias mais distantes”, destaca.
A escassez de água afeta não apenas o deslocamento, mas a fauna, a flora e a subsistência de comunidades inteiras. Animais percorrem longas distâncias em busca de água, árvores agonizam sob o calor excessivo e populações tradicionais enfrentam a incerteza sobre o futuro.
Mais do que um problema regional, os efeitos da seca na Amazônia revelam um desequilíbrio global. Lideranças indígenas fazem um apelo por ações concretas, políticas públicas efetivas e maior atenção à crise climática que ameaça a vida na floresta.
