
Cruzeiro do Sul (AC) – Em uma noite marcada por emoção, lágrimas e esperança, a Câmara Municipal de Cruzeiro do Sul aprovou um projeto de lei que representa um verdadeiro marco civilizatório: a defesa do bem-estar animal como política pública.
O projeto, de autoria da vereadora Valéria Lima, combate os maus-tratos, assegura castração gratuita para cães e gatos e proíbe a utilização de fogos de artifício com estampido no município. A proposta, que agora segue para sanção do prefeito, foi recebida com alegria e comoção por protetores independentes, ONGs e ativistas da causa animal que há anos clamam por ações concretas.
“Hoje é um dia que vai ficar para sempre na história de Cruzeiro do Sul. Um dia em que dissemos, com coragem e empatia, que a vida de um animal importa, que o sofrimento deles não pode ser invisível”, declarou, emocionada, a vereadora Valéria Lima ao lado de dezenas de defensores da causa.
Durante a votação, a galeria da Câmara estava repleta de vozes que se uniram por um mesmo ideal: dar voz a quem não pode falar. Cartazes, camisetas, abraços e lágrimas marcaram um momento que simboliza mais do que uma vitória política – representa a vitória da consciência, do amor e do respeito à vida.
O projeto agora aguarda a sanção do prefeito, e o grupo envolvido na mobilização acredita na sensibilidade da gestão municipal para compreender a urgência e a relevância da lei. “Confiamos que o prefeito vai ouvir o coração da cidade, o clamor silencioso dos animais e das pessoas que lutam por eles todos os dias”, afirmou uma das voluntárias do grupo Patinhas Felizes.
A nova lei traz impactos diretos para o controle populacional com a castração gratuita, ajudando a reduzir o abandono e o sofrimento nas ruas. Além disso, ao proibir fogos com estampido, promove alívio para animais domésticos e silvestres, pessoas com autismo, idosos e pacientes hospitalizados – todos afetados pelo barulho ensurdecedor e traumático desse tipo de artefato.
Cruzeiro do Sul mostra, com essa medida, que está pronta para ser uma cidade mais justa, mais humana, mais consciente. E que quando a sociedade se une em torno de uma causa nobre, nem o silêncio dos que sofrem é capaz de impedir que a justiça seja feita.
Agora, a esperança é que a caneta do prefeito finalize esse capítulo com dignidade e respeito à vida. Porque proteger os animais é, antes de tudo, proteger o que há de mais bonito em nós: a capacidade de amar sem pedir nada em troca.