Aos 64 anos, o aposentado José Maria Dias da Fonseca decidiu trocar a vida movimentada da cidade de Porto Walter por uma rotina tranquila no campo. Ex-policial civil, ele dedicou mais de 30 anos à segurança pública e, após a aposentadoria, escolheu voltar às origens e viver em paz na zona rural.
“Aqui é melhor, você dorme tranquilo. Não tem aquela zoada de moto, de carro. O que a gente escuta é o latido de um cachorro, um passarinho… e a gente ainda pega o peixinho pra comer”, contou José Maria, enquanto mostrava a plantação e a casa de farinha que construiu no interior.
Apesar de ter exercido um cargo de grande responsabilidade na cidade — chegando a ser conhecido como “Zé Maria da Delegacia” —, ele afirma que sempre sonhou em viver no campo. “Eu sempre tive vontade de vir pra cá. Antes mesmo de me aposentar já pensava nisso”, relembra.
Hoje, a produção de farinha é a principal fonte de renda. “Já vendi saco de farinha até por R$ 170, mas agora tá R$ 100. Mesmo assim, é daqui que tiro meu sustento”, diz.
Um recado para quem sonha em sair da cidade
José Maria aconselha quem deseja trocar a correria urbana pela tranquilidade do campo. “Quem mora na cidade e tem oportunidade, compre um pedaço de terra, invista. É outra vida. Aqui é paz, friozinho bom, saúde. Vale a pena”, afirmou.
Mesmo com os desafios, José Maria garante que não troca a vida no campo por nada. “Aqui é nosso. O Brasil é nosso. Porto Walter é nosso. Cruzeiro é nosso. E a liberdade de viver assim não tem preço”, concluiu com um sorriso.