Ao que tudo indica, o Acre pode ter um cenário menos crítico de queimadas em 2025, ao menos neste início de agosto. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que, entre os dias 1º e 4 deste mês, foram registrados apenas 7 focos de incêndio em todo o estado. O número representa uma redução expressiva de 89,23% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 65 focos.
Apesar da queda nos registros de queimadas, a capital Rio Branco ainda enfrenta níveis de poluição atmosférica. Isto porque um dos principais indicadores de poluição é a concentração de material particulado fino, conhecido como PM2,5, partículas microscópicas em suspensão no ar, com diâmetro igual ou inferior a 2,5 micrômetros. Às 10h23 desta terça-feira, 5, a cidade ocupava a sexta posição no ranking das mais poluídas do Brasil, de acordo com monitoramentos da qualidade do ar
Embora os níveis atuais de PM2,5 em Rio Branco estejam dentro da diretriz anual recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que estabelece o limite de 5 microgramas por metro cúbico, o cenário nas primeiras horas do dia foi preocupante. Entre 5 horas e 6 horas da manhã, a concentração média de PM2,5 chegou a 10,2 µg/m³, o dobro do valor de referência anual sugerido pela OMS.
As oscilações ao longo do dia são comuns em áreas urbanas afetadas por queimadas, emissões veiculares e condições meteorológicas desfavoráveis, como ausência de vento ou umidade baixa. Mesmo em períodos com menos incêndios, o ar pode manter-se poluído devido à concentração de poluentes acumulados.
As partículas PM2,5 são consideradas altamente perigosas à saúde, já que, por serem extremamente pequenas, conseguem penetrar profundamente nos pulmões e até atingir a corrente sanguínea, aumentando os riscos de doenças respiratórias e cardiovasculares.