Evento realizado em 25 de julho contou com a presença do ex-presidente da Câmara Aldo Rebelo e abordou temas como soberania nacional, legislação ambiental e desigualdade social na região amazônica.
Na última quinta-feira (25), a Assembleia Legislativa do Acre foi palco de uma Aula Magna promovida por iniciativa do deputado estadual Pedro Longo, com apoio da Mesa Diretora da casa. O evento teve como tema central a história, a soberania nacional e as possibilidades de desenvolvimento sustentável para a Amazônia, com ênfase no direito da população a uma vida digna e próspera.
A palestra foi ministrada pelo ex-deputado federal Aldo Rebelo, que presidiu a Câmara dos Deputados e comandou quatro ministérios, incluindo o da Defesa. Rebelo trouxe uma análise contundente sobre os entraves impostos ao desenvolvimento da Amazônia Legal por entidades internacionais, bancos e governos estrangeiros que, segundo ele, têm influenciado órgãos ambientais por meio de pressões e bloqueios a projetos de infraestrutura e produção na região.
Durante o discurso, Pedro Longo destacou os paradoxos enfrentados pelo Acre: enquanto o Estado é impedido de avançar em obras de estradas, ferrovias e na expansão da pecuária e agricultura, seus indicadores sociais continuam entre os piores do Brasil. “Não temos aterros sanitários na maioria dos municípios, água tratada é artigo de luxo e nossos esgotos correm direto para rios e igarapés”, afirmou o parlamentar.
Longo também questionou o conceito atual de preservação ambiental, apontando a chegada constante de milhões de dólares e euros ao país, destinados a ONGs que, segundo ele, atuam em processos de fiscalização e controle com viés criminalizador dos pequenos produtores rurais. “Enquanto isso, nosso povo vive na miséria”, lamentou.
Crítico à atuação internacional em áreas estratégicas da Amazônia, o deputado ressaltou a ausência de firmeza similar no combate ao narcotráfico e ao crime organizado na região. “Isso precisa mudar! E vai!”, declarou.
Ao final, Pedro Longo reafirmou seu compromisso com a defesa de uma legislação ambiental mais justa e equilibrada: “De minha parte não faltará coragem para lutar pelas mudanças necessárias, seja aqui, seja em Brasília”, concluiu, convidando a população a acompanhar e apoiar esse movimento considerado por ele urgente e necessário.