Em Porto Walter, a demissão de uma professora durante o período letivo gerou forte repercussão e levantou acusações de perseguição política contra a gestão do prefeito César Andrade. A exoneração ocorreu após a educadora ter utilizado suas redes sociais para cobrar o pagamento de salários atrasados, direito garantido pela Constituição Federal.
De acordo com denúncias, a medida tomada pela prefeitura não possui justificativa pedagógica ou administrativa, levantando questionamentos sobre a real motivação do ato. Para sindicatos e lideranças locais, trata-se de uma postura autoritária e antidemocrática, que busca intimidar servidores que ousam cobrar seus direitos.
A Constituição Federal, em seu artigo 5º, assegura a liberdade de expressão e veda punições contra servidores que denunciem irregularidades. No entanto, relatos apontam que essa não é a primeira vez que professores e trabalhadores da educação são punidos ou transferidos por reivindicarem melhores condições de trabalho e reajustes salariais no município.
Em nota, representantes sindicais classificaram a atitude da prefeitura como “ilegal, imoral e contrária aos princípios da gestão pública responsável”, destacando que cobrar salário em dia não é um favor, mas um direito. Ainda segundo os movimentos, a prática reincidente demonstra tentativa da administração municipal de calar vozes críticas, em vez de resolver os problemas estruturais da educação local.
A situação provocou indignação entre a população e reacendeu o debate sobre a valorização dos profissionais da educação e o respeito à liberdade de expressão dos servidores públicos.