Numa reunião que envolveu ontem o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, e a vice-governadora Mailza Assis, ficou decidido que os tucanos vão apoiar a candidatura dela ao governo, e que o PSDB deve abrigar a chapa 2 do governo dos candidatos sem mandato a deputado federal. Houve ainda uma conversa reservada de Perillo com os candidatos a deputado federal Michel Marques e Mazinho Serafim. Segundo o deputado Pedro Longo (PDT), foto, que intermediou a vinda de Marconi Perillo ao Acre, sua presença reforçou a caminhada do PSDB para ter no próximo ano uma chapa competitiva para a Câmara Federal. Entre os nomes que poderão compor a chapa estão Vanda Milani, Pedro Longo, Minoru Kinpara, Michel Marques, Mazinho Serafim e outros que serão indicados pelo governo. A chapa 1 do governo para a Câmara Federal será formada pela federação PP-União Brasil.
O PODER É PARA OS FORTES
O presidente do Senado, David Alcolumbre, deu uma demonstração de que sabe usar o poder. Não aceitou a chantagem de senadores bolsonaristas de extrema-direita que queriam votar na marra o impeachment do ministro do STF, Alexandre de Moraes, e jogou duro: “Não coloco o impeachment do Alexandre de Moraes para votar nem com 81 assinaturas a favor”, disparou Alcolumbre. Deixou o grupo que queria chantageá-lo com a cara no chão.
STF DERRUBA
E não adianta tentar aprovar a anistia para os golpistas e para o Bolsonaro na Câmara Federal, o STF já tem posição fechada de que a medida é inconstitucional por ser crime de lesa-pátria. O Bolsonaro está inelegível e sua situação não será resolvida no campo político, a questão é jurídica.
TIROU O TAPETE
Chegou ao BLOG que tiraram o tapete do secretário Rennan Biths, que responde pela coordenadoria política do prefeito Tião Bocalom, para colocar no seu lugar o Delegado de Polícia, Emilson Farias. Emilson já foi, inclusive, liberado do governo para ficar à disposição da prefeitura da capital. Um detalhe: Rennan vem fazendo um bom trabalho de muito diálogo com os vereadores.
NÃO É SUA PRAIA
A qualificação de Emilson Faria é na área de Segurança Pública, onde tem larga experiência, a articulação política nunca foi a sua praia. Sua passagem na política foi como secretário de Segurança no governo do Tião Viana (PT), depois foi vice na chapa ao governo do então petista Marcus Alexandre e depois com apoio pelo PDT (seu partido na época) à candidatura de Socorro Neri para a prefeitura de Rio Branco. Mas nada que vier da cabeça do Bocalom causa surpresa. Cada um no seu quadrado.
SEM MUITO TRABALHO
Mas, o Emilson Farias não terá muito trabalho na Câmara Municipal de Rio Branco, porque a esmagadora maioria dos vereadores estão no guarda-chuva de favores do prefeito Tião Bocalom. A oposição é minoritária.
CANDIDATO FORTE
Mesmo sem o apoio das máquinas estatal e da prefeitura de Rio Branco, a candidatura do senador Alan Rick (UB) tem se mostrado muito competitiva. É o que as pesquisas estão registrando até este momento.
É DE CAUSAR DESENCANTO
A papagaiada encenada essa semana por deputados federais, que quebraram o decoro ao pisar no Regimento Interno em nome de uma ideologia de radicais extremistas, ocupando na marra a mesa diretora, é de causar desencanto com a política. E mancha a imagem de uma casa que já foi presidida por um estadista como Ulysses Guimarães. Mas não se pode esperar muito de uma das mais medíocres composições parlamentares de que se tem notícia no parlamento brasileiro. Obstrução se faz no voto e não na imposição.
NÃO HÁ CASAMENTO ETERNO
Na política não há casamento eterno, por isso não vejo como uma traição do prefeito Tião Bocalom, caso concretize a sua candidatura ao governo. As alianças permanecem até quando interessam as partes.
PODEM ESQUECER
Mas, um ponto os articuladores do prefeito Tião Bocalom podem esquecer: a vice-governadora Mailza Assis desistir da sua candidatura para o Boca ser o candidato único do grupo que está no poder. Isso se encontra fora do script da Mailza.
NÃO CABE AMADORISMO
Alan Rick (UB) foi um deputado federal de destaque e repete a boa atuação como senador. Mas tem de entender que uma candidatura ao governo tem componentes diferentes. Precisa ter articuladores políticos experientes e eficientes ao seu lado, que possam apontar erros quando necessário, e não de carregadores de pastas que vivem a lhe dizer amém e sim senhor. Essa sua investida para entrar no PSD por cima foi coisa de amador. E, a política acreana há muito tempo deixou de ser para amadores, mas sim para profissionais. Há tempo de rever alguns de seus conceitos centralizadores.
MAIS IMPORTANTE
Que recursos vai anunciar para o Acre, isso é mais importante para um estado pobre e dependente do governo federal como o nosso, do que a visita hoje do Lula a Rio Branco.
APOIO GARANTIDO
A deputada federal Antônia Lúcia (Republicanos) deverá ter o apoio da Igreja Universal na sua campanha de reeleição. Nos bastidores, o acordo está em pleno andamento. O fato pode fortalecer a sua musculatura política na busca de um novo mandato em 2026.
ESSE É O ESQUEMA
Para deputado estadual, deputado federal, governador e senador, o caminho para a vitória é o mesmo: quem não tiver recursos para comprar votos está na balsa para Manacapuru. Não tem essa de se apresentar como o novo na política, ter sido um bom parlamentar e etc e etc. A disputa em 2026 será entre quem conseguir comprar mais votos que o outro. O resto é hipocrisia.
FORA ISSO, NÃO CREIO
A candidatura da ex-deputada federal Jéssica Sales (MDB) ao Senado só teria alguma viabilidade caso o governador Gladson Cameli não seja candidato. Com Cameli na disputa, não creio que entre numa aventura de voo cego. O cenário está conflagrado.
DO TAMANHO QUANDO COMEÇOU
Quando o Lula fez sua primeira visita ao Acre, o PT cabia no Fusca do Nilson Mourão, que transportava o petista nas suas andanças na capital. Nessa sua volta ao estado o Lula não vai encontrar um PT pujante, mas tão pequeno que continua cabendo num Fusca.
A VER NAVIOS
O MDB continua a ver navios. Sem nomes para compor uma chapa forte para a Câmara Federal e sonhando com a filiação do senador Alan Rick (UB), para conseguir atrair candidatos a deputado federal. Não é confortável a situação política do MDB.
TUDO OU NADA
O presidente do PODEMOS, Ney Amorim, não vai abrir mão do Fundo Eleitoral do partido para se filiar a uma outra sigla. Vai tentar montar uma chapa própria que possa servir de escada para conseguir um mandato de deputado federal. Não será fácil.
FRASE MARCANTE
“Não confie 100% em ninguém. Lembrem-se que os cegos preferem ser guiados por cães ao invés de humanos”. Salatiel.
Redação Rede Cipó News